Com o objetivo de avaliar os efeitos da ozonioterapia uterina e da amostragem de anticoagulantes sobre os parâmetros de estresse oxidativo (OS) em éguas, dez éguas foram submetidas a três dias consecutivos de ozônio uterino por lavagem do útero com solução de Ringer com lactato ozonizada seguida de insuflação com ozônio-oxigênio gás. Amostras de soro foram obtidas no início e nos dias 3, 6, 10 e 17 para determinar o efeito da terapia com ozônio nos marcadores de OS. Plasma obtido com citrato anticoagulante, ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) e heparina foram obtidos no início e 6 dias após a terapia para determinar o efeito do anticoagulante nos parâmetros de OS. Os antioxidantes albumina e ácido úrico, capacidade antioxidante total (TAC) por quatro métodos diferentes, capacidade oxidante total (TOC) e peroxidação lipídica foram determinados por meio de fotocolorimetria. As análises estatísticas compreenderam ANOVA de medidas repetidas seguidas pelo teste de Dunnett ou Friedman seguido pelo teste post-hoc de Dunn. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. A terapia com ozônio uterino diminuiu significativamente o ácido úrico, TAC em todos os quatro métodos diferentes, concomitantemente com um aumento no TOC nos dias 3 e 6 após a terapia. Não foram observadas alterações nos níveis de albumina e peroxidação lipídica. Os anticoagulantes impediram a detecção do estresse oxidativo induzido pela terapia com ozônio uterino, dependendo do método de análise. Em conclusão, a ozonioterapia uterina causa estresse oxidativo sistêmico em éguas e a escolha da amostragem anticoagulante interfere nos exames laboratoriais.