Resumo: Até o momento, não há tratamento definitivo para a nova pandemia de SARS-CoV-2. São reconhecidos três estágios evolutivos na infecção por SARS-CoV-2 (infecção precoce, fase pulmonar e hiperinflamação sistêmica), com sinais e sintomas clínicos característicos. Existem 80 ensaios experimentais internacionais em andamento buscando um tratamento eficaz para a pandemia de COVID-19. Destes, existem apenas três que consideram a terapia com ozônio (auto-hemoterapia principal) como uma opção alternativa. Não há estudo que avalie a insuflação retal de ozônio, apesar de ser uma técnica segura, barata e sem riscos. Essa técnica é uma via sistêmica de administração de ozônio (95–96%) e que poderia ser extrapolada para o uso do SARS-CoV-2, dados os excelentes resultados observados no manejo do Ebola. O ozônio possui quatro propriedades biológicas comprovadas que podem permitir seu uso como terapia alternativa nas diferentes fases da infecção por SARS-CoV-2. O ozônio pode inativar o vírus por oxidação direta (O3) ou indireta (ROS e LOPs) e pode estimular o sistema imunológico celular e humoral, sendo útil na fase inicial da infecção por COVID-19 (estágios 1 e 2a). O ozônio melhora a troca gasosa, reduz a inflamação e modula o sistema antioxidante, por isso seria útil na fase de hiperinflamação ou "tempestade de citocinas" e na fase de hipoxemia e / ou falência de múltiplos órgãos (estágio 2b e estágio 3). Dada a atual pandemia, é urgente a realização de um estudo experimental que confirme ou descarte as propriedades biológicas do ozônio e, assim, permita que seja uma terapia alternativa ou compassiva para o manejo eficaz da infecção por SARS-Cov-2.