Após cinco décadas caracterizadas pelo empirismo e várias armadilhas, alguns dos mecanismos básicos de ação do ozônio na toxicologia pulmonar e na medicina foram esclarecidos. O conhecimento atual permite entender que a inalação prolongada de ozônio pode ser muito deletéria primeiro para os pulmões e sucessivamente para todo o organismo. Por outro lado, uma pequena dose de ozônio bem calibrada contra a potente capacidade antioxidante do sangue pode desencadear vários mecanismos bioquímicos úteis e reativar o sistema antioxidante. Em detalhe, em primeiro lugar ex vivo e em segundo lugar durante a infusão de sangue ozonizado no doador, a abordagem da terapia com ozônio envolve células sanguíneas e o endotélio, que ao transferir os mensageiros de ozônio para bilhões de células irão gerar um efeito terapêutico. Assim, apesar de um preconceito comum, doses únicas de ozônio podem ser utilizadas terapeuticamente em doenças humanas selecionadas sem qualquer toxicidade ou efeitos colaterais. Além disso, a versatilidade e a amplitude do efeito benéfico das aplicações de ozônio tornaram-se evidentes em ortopedia, infecções cutâneas e mucosas, bem como em odontologia.