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Araraquara implanta Ozonioterapia pelo SUS com suporte técnico da Aboz
Esta quarta-feira (5) ficará marcada para o setor de saúde pública de Araraquara (SP) - a 270 quilômetros da capital do Estado -, e também para a Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz). É que, neste dia, foi autorizada a implantação para a Ozonioterapia ambulatorial na rede municipal para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) para tratamentos de feridas.
Presente à cerimônia de assinatura do Decreto pelo Prefeito Edinho Silva, na sede da Vigilância em Saúde, às 15h, o Presidente da Aboz, Arnoldo de Souza falou sobre a Ozonioterapia no País e no mundo. A iniciativa chamou a atenção da imprensa local. A EPTV (Rede Globo) e a Rádio CBN entrevistaram o presidente Arnoldo de Souza sobre os benefícios da Ozonioterapia e as vantagens de sua implantação na saúde pública.
A implantação da Ozonioterapia em Araraquara conta com o incentivo e suporte jurídico do Ministério Público e suporte técnico da Aboz. O ato contou ainda com a presença da Secretária Municipal de Saúde de Araraquara, Eliana Aparecida Mori Honain; do promotor de Justiça aposentado do Ministério Público do Estado de São Paulo, Raul de Mello Franco Junior; do Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Haroldo Campos; do Presidente da Câmara Municipal de Araraquara, Tenente Santana, e do Presidente do Instituto Brasileiro de Ozônio e Suas Aplicações - IBO3A, Wilfredo Urruchi.
A LEGISLAÇÃO
A implantação foi oficializada pelo Decreto nº 12.175, de 14 de janeiro de 2020, tendo como base legislação federal que define a Ozonioterapia como “prática integrativa e complementar de baixo custo, segurança comprovada e reconhecida”. Leva em conta ainda os direitos do cidadão descritos na Constituição Federal que determinam que o direito à assistência em saúde deve respeitar a universalidade, a integralidade e a igualdade.
O ATENDIMENTO E O TREINAMENTO
Na unidade da atenção especializada – NGA 3 (Núcleo de Gestão Assistencial) – do município de Araraquara/SP serão realizadas as aplicações terapêuticas da ozonioterapia utilizando como referência o Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem da ABOZ. Os atendimentos são realizados pelas Enfermeiras Carina Ferreira Elias Carbone e Flávia Carina de Souza Leão, profissionais treinadas pela ABOZ. A unidade de saúde é um centro de especialidades ligado à coordenação de atenção especializada da Secretaria Municipal de Saúde sob coordenação de Edison R. Filho.
A prática de ozonioterapia será realizada pelas enfermeiras treinadas para que possam atender as feridas mais complexas e as úlceras de pressão, a partir de encaminhamento da atenção primária em saúde (APS) e avaliação dos casos.
A ozonioterapia
A ozonioterapia é uma técnica terapêutica que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio. Com potente ação antimicrobiana e alta biocompatibilidade, o ozônio medicinal é indicado como terapia complementar antisséptica para o combate de infecções e inflamações, no tratamento de muitas patologias.
Descoberta em 1840 pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, a técnica começou a ser aplicada na medicina ainda no século XIX. Durante a Primeira Guerra Mundial médicos alemães e ingleses já trataram feridas com ozônio. Já muito difundida na Europa, é reconhecida pelos Sistemas de Saúde de diversos países do mundo. Cuba tem hoje a maior experiência na utilização do ozônio na saúde pública. EUA, China, Canadá e México também estão em pleno desenvolvimento da técnica.
A ozonioterapia chegou ao Brasil em 1975 e, na década de 1980, atraiu o interesse em universidades. A partir daí, vem ampliando sua utilização no País. Criada em 2006, a Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz) tem o objetivo de estimular o desenvolvimento e a difusão da Ozonioterapia de forma legal, segura, científica e ética. O ozônio medicinal é utilizado como terapia complementar.